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Coisas que aprendi fora da escola


Será que existe uma forma de ensinar as pessoas a não se exporem, ou a caírem fora rápido de ciladas emocionais?

Eu gostaria de ter aprendido algumas coisas pelo conhecimento, sem precisar passar pela experiência. Porque eu aprendo quando me ensinam. Bastava alguém ter me avisado.

Fugir de “perseguidores de bruxas”. Aquelas pessoas que, um dia, há muitas vidas, cortaram nariz e orelha de adúlteras, a mão de ladrões e reencarnam no século XXI fazendo a mesma coisa no Facebook. Quem persegue um hoje, perseguirá todos amanhã. Eu sei, eu vi.

Ficar longe de quem tem espírito de chefe de gangue. Porque quando a gente é atacado por uma gangue a única saída é apanhar quieto, cair e não levantar. Está aí o filme “Moonlight” que não me deixa mentir.

Não ir para a cama com o Primo Basílio ou com a Maria Monforte, a menos que se tenha a fantástica desconsideração pelos outros que os dois tinham. Algumas pessoas simplesmente não são páreo para quem não leva o amor a sério. Quando a gente é como Pedro da Maia, Luisinha, é preciso evitar beijar na boca essa moçada. Vai que o beijo é bom, bom de viciar?

Nunca, jamais, em tempo algum insistir em estar com pessoas que fazem com que a gente tenha vergonha de ser como a gente é. Vergonha das histórias que a gente conta, das maneiras como interage, dos erros permanentes.

Quando alguém, na diplomacia, na face risonha, na grosseria explícita faz com que a gente se sinta inconveniente ou inoportuna é melhor sair correndo.

Cada vez que aprendo uma coisa hoje, que deveria ter aprendido na infância, no máximo na adolescência, passo a me sentir 15 anos mais jovem. A sensação é boa.

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