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Condescendência

  • Foto do escritor: Sonia Rodrigues
    Sonia Rodrigues
  • 13 de mar. de 2023
  • 1 min de leitura

Algumas coisas só devem ser feitas por dinheiro. Ou sob grave ameaça.

Uma delas é confraternizar, procurar pessoas que acham chato, desinteressante, politicamente desconfortável conviver com a gente.

Eu já vinha, há alguns anos, deixando de lado pessoas nessas circunstâncias, mas assistir “Banshees de Inisherin” me convenci, de uma vez por todas, que por ninguém vale aturar a condescendência. A não ser, repito, por dinheiro. Muito dinheiro.

Perdi a conta de quantas vezes fui tratada da forma como Padraic e Dominic são tratados no filme. Em níveis diferentes, claro. Grandes abusadores foram condescendentes comigo. Medíocres que se acham. Pequenos vigaristas. Acadêmicos burocráticos e/ou pouco criativos. Pessoas que pensam ser vergonhoso amar intensamente. Classe média que gosta de agir na base de “coloquei um pobre no meu carro”. Gente que é politizada na base de ler orelha de livro.

Como podem perceber meus 12 leitores, estou furiosa com os condescendentes. Defensora feroz da auto responsabilidade estou mais furiosa ainda comigo mesma.

Só não vou cortar meus dedos, nem me atirar no lago. Minha capacidade de substituir pessoas está intacta.

 
 
 

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