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Clemência

  • Foto do escritor: Sonia Rodrigues
    Sonia Rodrigues
  • 20 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

Conheço uma mulher chamada Clemência. Que tipo de gente coloca esse nome numa filha? Não podia dar certo, claro.

Ela tem dificuldade de identificar de onde vem o perigo. E tem o mau costume de tentar convencer os perigosos a reverterem o prejuízo.

Ilusão. Ilusão. Ilusão. Alguém consegue imaginar Cercei Lanister esperando que o Alto Septão se regenere?

Uma qualidade das mulheres malvadas é que elas só poupam (mais ou menos) aqueles a quem amam. Quando as amam direito. Quando não amam, elas detonam também.

Penso que isso é genético, no sentido grego da palavra, de Genos, origem. Nos dias de hoje, quem não é malvado precisa ser samurai. Em todos os sentidos.

Os clementes não têm o consolo da maldade e, em geral, não foram treinados para a disciplina espiritual.

Lembrei de Clemência porque hoje cometi vários erros de disciplina, no caminho do Zen. Não pratiquei o silêncio. Não me interrompi. Interrompi o Outro, sem considerar seus limites. E quase, quase pratiquei o Orgulho pelas minhas conquistas recentes.

Estou aqui, escrevendo no meu blog para recuperar meu equilíbrio. Duas formas de voltar para si mesma para quem não é malvada de nascença. Escrever e beijar.

As duas coisas dependem de silêncio e competência.

 
 
 

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