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Balthazar e a rivalidade franco-americana


Humoristas já fizeram piadas sobre os quanto franceses e americanos se amam e se odeiam. Historicamente.

Eu me identifico mais com os franceses, apesar do mau humor ao vivo e a cores que alguns demonstram. Com o horror que tenho ao mau humor masculino, não levaria um francês para casa, é verdade, mas isso não importa, porque minha identificação é com a cultura. Com a maneira como as séries francesas levam drogas, adultério, casamento, mentiras, mediunidade, morte.

Acabei de assistir Balthazar. Que delícia de série policial. Que delícia de série médica. Que delícia de diálogo com a Morte.

Um caso por episódio, uma história de amor que atravessa a primeira temporada, um médico forense que conversa com os mortos e nenhuma facilitação de trama, trajetória dos personagens...Muito superior a Medium, The Mentalist e, especialmente Law & Order.

Mesmo admitindo que minha simpatia venha de outras vidas – devo ter feito parte da soldadesca papista na noite de São Bartolomeu, o que explicaria meu carma – é inegável que as séries francesas levam os clichês e estereótipos de forma mais divertida.

Além disso, o ator Tomas Sisley – israelense de origem, mas vivendo na França – tem uma barriga e um charme que desbanca o Regé-Jean Page, se é que isso é possível.

Eu, se fosse homem, faria qualquer sacrifício para manter aquelas entradas na barriga. E aquele dorso. Pelas colunas de fofocas que eu li, o ator ainda é hetero, espécie em extinção. Parem as máquinas! Milagres existem!

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