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O que eu gosto


O ser humano como espécie não me impressiona, mas gosto muito de pessoas. De rir e conversar com elas, trabalhar junto, sonhar melhorias.

Noto que nos últimos tempos o meu número de pessoas consideradas possíveis de gostar tem diminuído.

Porque eu reparo. E porque desisti de contar para elas o que observo.

Se não reparasse ou se continuasse contando, tudo bem. Mas não é isso que tem acontecido...

Quando noto que as pessoas não aceitam meus convites e não se desculpam por ter esquecido (“eu ia, mas o cachorro comeu meu dever de casa exato na hora em que eu estava saindo,” uma mentira educada vale mais do que nenhuma)...

Quando eu reparo que as pessoas inteligentes e de bom caráter negam suas qualidades em emergências...

Quando chego à conclusão de que as pessoas não estão me vendo. E, em função disso, me subestimam.

Nos últimos dias, o acaso me deu a oportunidade encontrar Márcia Brito e Karen Acioly e refazer conexões. O acaso me deu a oportunidade também de ler em voz alta trechos do meu livro “Freud em Madureira”.

Hoje, alguém acordou e me ligou direto e falou comigo no telefone 40 minutos antes de tomar café.

Quando essas coisas acontecem me sinto gostadíssima e aí me animo de conta-las, aqui.

Sinto falta de escrever nesse blog. Gosto de contar pequenas coisas.

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